quinta-feira, fevereiro 18, 2010

minueto e rondó

"Ele teve certeza. Ou claras suspeitas. Que talvez não houvesse lesões, no sentido de perder, mas acúmulos no sentido de somar? Sim sim. Transmutações e não perdas irreparáveis, alices-davis que o tempo levara, mas substituições oportunas, como se fossem mágicas, tão a seu tempo viriam, alices-davis que um tempo novo traria? Não era uma sensação química. Ele não tinha a boca seca nem as pupilas dilatadas. Estava exatamente como era, sem aditivos.
Vou-me embora, pensou: a estrada é longa."


e tocava alguma música ao fundo,
mas era carnaval,
eram tantos sons pra confundir
monoblocodoeusozinho
e eu que achei que tudo era tão impossível,
aquelas histórias de balões e cactos que lia nos livros de Caio Fernando,
as dores impregnadas nos muros, clarissidades que já cegam,
já é hora de partir? de tudo? de mim que eu era?
e isso de repente é bom,
é suave,
tão suave e silenciosa debaixo dos lençóis, essa percepção,
quando a tempestade invadia a casa de pé direito baixinho
tão completamente que chega a amedrontar
e a necessidade de drama, drama..

quando ela me diz,
assim como se não fosse nada
e pra mim é tudo, sempre:
ela e o que ela diz..

que a origem da palavra drama
só podia ser movimento.

6 Outras distorções:

Blogger Don Quijote. sentiu...

não devia mais demorar tanto pra publicar...

7:25 PM  
Blogger Paula Guerreiro sentiu...

Aaainn que saudade de ler posts novos!

Sim, eu sei que o drama é o combustível.. comigo tambem funciona assim.

=)

4:51 AM  
Blogger Raisa Christina sentiu...

ah que lindo, biâcora!

2:53 AM  
Anonymous Anônimo sentiu...

mais uma das tantas declarações de amor pra ti, que ainda são poucas!
:)

2:58 PM  
Blogger T. sentiu...

saudade dos teus escritos,

7:52 AM  
Blogger Paloma Pajarito sentiu...

drama mata um! não suporto mortes por dramas. acho feio, feio.

11:15 AM  

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